Estudo dos Fósseis

Estudo dos Fósseis

Fósseis são restos ou vestígios de seres que viveram no passado. Um fóssil se forma quando os restos mortais de um organismo ficam a salvo tanto da ação dos agentes decompositores como das intempéries naturais (vento, sol direto, chuvas, etc.). As condições mais favoráveis à fossilização ocorrem quando o corpo de um animal ou de uma planta é sepultado no fundo de um lago e rapidamente coberto por sedimentos.
Dependendo da acidez e dos minerais presentes no sedimento, podem ocorrer diferentes processos de fossilização. A permineralização, por exemplo, é o preenchimento dos poros microscópicos do corpo de um ser por minerais. Já a substituição consiste na lenta troca das substâncias orgânicas do cadáver por minerais, transformando-o em pedra.
Os fósseis são considerados evidências da evolução porque mostram que o nosso mundo já foi habitado por seres diferentes dos atuais e que teriam sido ancestrais das formas de vida modernas.
Porém, existem alguns problemas muito graves com os fósseis no campo da teoria da evolução. Vamos analisar alguns deles.
É interessante que a mesma abundância de semelhanças e diferenças entre organismos seja encontrada, tanto entre os seres vivos como entre os fósseis. Os mesmos tipos de lacunas entre espécies existem no registro fóssil, bem como entre as plantas e animais atuais. Se o modelo evolucionista fosse válido, era de se esperar encontrar uma série contínua e horizontal de organismos e não categorias definidas.
Uma das mais importantes lacunas fósseis é a existente entre os microrganismos, como algas azuis e bactérias, que são encontrados em estratos do Pré-Cambriano, e a abundante e complexa vida marinha invertebrada do período Cambriano. No Cambriano encontramos uma grande variedade de invertebrados muito complexos, como trilobitas, ouriços-do-mar, esponjas, medusas, crustáceos, braquiópodes, moluscos e vermes. Se a evolução tivesse realmente acontecido, deveríamos encontrar no Pré-Cambriano os antepassados evolutivos de todos estes animais. Entretanto, nas rochas pré-cambrianas encontramos apenas fósseis de microrganismos. Se encontramos fósseis de bactérias, certamente deveríamos encontrar fósseis dos antepassados dos animais do Cambriano. Se os primeiros evoluíram chegando a ser os segundos, parece impossível que nenhuma forma transitória entre qualquer deles jamais tenha sido encontrada. Por mais de 150 anos se tem procurado intensamente, mas nenhum destes ancestrais foi encontrado.
Este fenômeno tem sido chamado por Gould de “explosão cambriana”. Recentemente, o tempo estimado em que ocorreu a explosão foi revisado para baixo, de cinqüenta milhões para dez milhões de anos ¬- o que eqüivale a um piscar de olhos em termos geológicos. Essa estimativa mais curta obrigou escritores sensacionalistas a procurar novos superlativos, sendo um dos favoritos o “Big Bang biológico”. Gould argumenta que a rápida taxa de aparecimento de novas formas de vida exige outro mecanismo para explicá-las que não a seleção natural.
Ironicamente, voltamos ao ponto de partida desde os dias de Darwin. Quando ele propôs sua teoria, uma das grandes dificuldades era a idade estimada da terra. Os físicos do século XIX pensavam que a terra tinha apenas cem milhões de anos, ainda que Darwin pensasse que a seleção natural precisaria de muito mais tempo para gerar vida. Atualmente os evolucionistas afirmam que a terra é muito mais velha: em torno de 5 bilhões de anos. Com a descoberta do Big Bang biológico, contudo, o espaço de tempo necessário para que a vida passasse de simples a complexa encurtou para muito menos do que a estimativa da idade da terra no século XIX.
Outro grave problema do registro fóssil que os evolucionistas não conseguem explicar é que a maioria dos grupos de plantas e animais aparecem abruptamente no registro fóssil. Não há evidências de que houve formas transitórias entre esses grupos. Neeville George, um conhecido evolucionista, declarou: “Não há necessidade de pedir mais desculpas pela pobreza do registro fóssil. Em alguns casos ela se tornou quase incontrolavelmente rica, e as descobertas estão ultrapassando a integração… o registro fóssil, não obstante, continua a ser composto principalmente de lacunas.” O paleontólogo Niles Eldredge descreve assim o problema: “Não é de se espantar que os paleontólogos tenham ignorado a evolução por tanto tempo. Aparentemente, ela jamais ocorre. A coleta cuidadosa de material na face de penhascos mostra oscilações em ziguezague, pequenas, e uma acumulação muito rara de leves mudanças – no decorrer de milhões de anos, a uma taxa lenta demais para explicar toda a mudança prodigiosa que ocorreu na história evolutiva. Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, isso ocorre em geral com um estrondo, e, não raro, sem nenhuma prova sólida de que os fósseis não evoluíram também em outros lugares! A evolução não pode estar ocorrendo sempre em outros lugares. Ainda assim, foi dessa maneira que o registro fóssil pareceu a muitos desesperados paleontólogos, que queriam aprender alguma coisa sobre a evolução.”